Você sabia que as unhas funcionam como verdadeiros indicadores da saúde do organismo? Muito além da estética, mudanças em seu crescimento, cor, formato e textura podem revelar problemas internos antes mesmo que outros sintomas apareçam.
Segundo a dermatologista Lauren Morais, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), alterações aparentemente simples podem ser o primeiro sinal de doenças que exigem atenção médica.
“As unhas refletem o que está acontecendo internamente no nosso corpo. Muitas vezes, alterações que parecem apenas estéticas são, na verdade, sinais de problemas de saúde. O diagnóstico com um médico dermatologista é essencial”, reforça.
Alterações mais comuns nas unhas
Unhas quebradiças e secas: podem estar relacionadas a disfunções da tireoide, deficiências vitamínicas, uso de medicamentos ou alergias a esmaltes e produtos de limpeza.
Unhas amareladas: podem surgir em idosos, mas também estar ligadas a tabagismo, uso de antibióticos, psoríase, diabetes, doenças hepáticas ou pulmonares.
Manchas brancas: podem indicar micose inicial ou apenas reação ao uso de esmaltes.
Unhas azuladas ou arroxeadas: sinal de baixa oxigenação no sangue (cianose), associada a doenças cardíacas ou pulmonares.
Ondulações e depressões: pequenos “furinhos” podem sugerir psoríase ou alopecia areata.
Formato de colher (côncavas): geralmente relacionado à anemia por deficiência de ferro.
Unhas com linhas ou faixas escuras: podem ter diferentes origens.
Em alguns casos, tratam-se de nevos (pintas na matriz da unha) ou de pigmentação racial (mais comum em pessoas com pele mais escura). No entanto, também podem ser sinal de melanoma, o tipo mais agressivo de câncer da pele — por isso, toda alteração desse tipo deve ser avaliada por um dermatologista.
Quando procurar ajuda médica
De acordo com a Dra. Lauren, a orientação é buscar avaliação especializada quando as alterações persistirem por mais de algumas semanas, ou se houver mudanças súbitas de cor e formato, além de dor ou sinais de infecção.
“Mudanças graduais podem ser normais com o envelhecimento, mas alterações repentinas sempre merecem investigação”, alerta.
Ela também recomenda observar regularmente as unhas como parte do autocuidado. “Assim como examinamos a pele em busca de pintas suspeitas, devemos olhar para nossas unhas. É uma forma simples e eficaz de monitorar a saúde”.
Hábitos que ajudam a manter as unhas saudáveis:
Ter uma alimentação equilibrada.
Hidratar unhas e cutículas com frequência.
Usar luvas em atividades domésticas.
Manter instrumentos de manicure limpos e esterilizados.
Evitar roer unhas e cutículas.
Geziane Diosti 41996528591 [email protected]
